O corpo de Otávio Augusto Amâncio Magalhães, de 26 anos, foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira, dia 10. O motoboy nova-limense e torneiro mecânico foi vítima de um latrocínio na noite de quarta-feira, dia 9, enquanto fazia uma entrega no bairro Belvedere, em Belo Horizonte.

Câmeras de segurança mostram Otávio sendo abordado por dois assaltantes na Avenida José Maria Alkimin, onde foi baleado na cabeça e morreu no local. Ele foi encontrado abraçado à sua motocicleta, que ainda estava pagando.

De acordo com a Itatiaia, a mãe do jovem, Roseli de Souza, contou que Otávio trabalhava como torneiro mecânico mas fazia entregas para complementar a renda de casa.

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“Meu filho trabalhava em Nova Lima, estava fazendo faculdade de engenharia, que o patrão dele estava pagando, e tinha um ano de casado. Ele e a esposa dele, a Taiane, que é uma menina linda, maravilhosa, estavam comemorando um ano de casado. Eles iam mudar de casa, planejavam ter filho. Ele estava correndo atrás das coisas dele. Comprou a moto, estava pagando a moto. Era um menino trabalhador, nunca me deu trabalho. Ele é gêmeo do Pedro e os dois nunca me deram trabalho, graças a Deus. Tenho orgulho demais dos meus filhos”.

A mãe ainda contou sobre como soube da morte do filho. “Eu estava assistindo o jogo do Atlético, porque sou atleticana, e vi o carro da polícia passando na minha rua. Ele parou na porta da minha casa. O policial chegou e já falou que o Otávio tinha tomado um tiro e ido a óbito. Eu gritei, gritei demais na rua. Os amigos dele foram todos pra rua e ficamos lá até três da manhã. Ele tinha muitos amigos, jogava futebol”, lamenta.

Roseli afirma não acreditar que o assassino será encontrado pela polícia. “Se ele tivesse que ser preso, tinha sido preso ontem. Então, acredito que não [será preso]. Agora, eu só tenho um filho. Perdi o outro por causa de dois vagabundos que mataram ele e não levaram nada. Não levaram o celular, não levaram a carteira, não levaram a moto. Não levaram nada. Não desejo isso para nenhuma mãe”.

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