Um ex-funcionário de um bar localizado na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, foi preso no bairro Jaqueline nesta quarta-feira, dia 23 de outubro, após a repercussão de um vídeo nas redes sociais, no qual ele profere falas racistas.
Alessandro Pereira de Oliveira, de 36 anos, tinha um mandado de prisão em aberto emitido pela Vara de Execuções Criminais de Governador Valadares. Conforme o processo judicial, o foragido violou a Lei Maria da Penha e cometeu crimes de violência psicológica contra mulher, perseguição e pornografia de vingança. Ele já passou pelo sistema prisional mineiro em pelo menos três outras ocasiões.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Alessandro Pereira de Oliveira não retornou ao presídio após uma saída temporária concedida no início deste ano. O benefício foi autorizado pela Justiça em março, porém ele não se apresentou no prazo estipulado, sendo registrado como fuga por abuso de confiança.
O foragido possui um total de 86 registros policiais, com a maioria dos crimes relacionados a violência doméstica e psicológica, injúria, difamação, descumprimento de medidas protetivas, além da divulgação de material sexual.
“Ele já cumpria pena por um crime de violência doméstica, saiu em razão de um benefício e não retornou. Nós tomamos conhecimento da presença desse cidadão em Belo Horizonte justamente após a repercussão de uma fala dele nas redes sociais, que foram amplamente divulgadas. Ele foi recapturado e responderá também pelos crimes de racismo eventualmente praticados”, explicou o tenente-coronel Carlos Eduardo Lopes, comandante do 13º Batalhão da PM.
O vídeo
Na semana passada, um vídeo gravado por Alessandro, ex-funcionário de um bar na região da Pampulha, se tornou viral nas redes sociais. No conteúdo, ele é visto defendendo a reimplantação da escravidão em resposta a uma reclamação de um cliente.
“Trabalhar em bar não é fácil. Maldita Princesa Isabel que assinou a Lei Áurea pra acabar com a escravidão. Preto tem que entrar no chicote e no tronco mesmo. Não tem conversa, não. Não sei se preto tem razão para reclamar de copo, tem que tomar água do vaso. Eu tinha que ter vivido na época dos barões, cortar essa raça no chicote. Amarrar no tronco e chicote estalando no ombro, amarrado dentro da caixa de ferro e deixar o dia inteiro no sol. Vou ter que aturar macaco me enchendo o saco”, disse o homem.