A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) anunciou um investimento de R$ 418 milhões na primeira etapa da ampliação do Sistema Rio Manso, uma medida crucial para evitar a falta de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
A obra tem o objetivo de aumentar a capacidade de tratamento e transporte de água em 160%, passando de uma vazão média de 5,8 m³/s para 9,0 m³/s. O presidente da Copasa, Guilherme Duarte, ressaltou que o projeto é fundamental para garantir o abastecimento da RMBH nos próximos 40 anos, especialmente devido ao aumento no consumo de água após a pandemia.
“Observa-se uma dinâmica muito interessante que, pós-pandemia, o consumo de água na RMBH saltou muito. Nós falávamos em 2018, 2019, 2020 em uma produção média diária da Copasa de 15 a 16 mil litros por segundo e hoje a minha média de consumo, de produção já está acima de 17 mil litros por segundo e nas situações de pico a gente chega a 18,5 mil litros por segundo. Então, precisamos prover novas estruturas de abastecimento, garantindo de fato que a água chegue em qualidade e quantidade para o cliente”, disse.
A primeira etapa de ampliação do Sistema Rio Manso pela Copasa contempla:
- Duplicação de 12 km de adutora de aço
- Construção de um reservatório de aço com capacidade para 10.000 m³
- Obras civis, elétricas e de automação
Nos próximos dias, será publicada a licitação para a compra da tubulação necessária para a obra, no valor de R$ 183 milhões. As etapas 2 e 3 da ampliação do Sistema Rio Manso serão licitadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) em 2025.
Além disso, a Copasa investe na modernização da Estação de Tratamento de Água (ETA) Bela Fama, que abastece 48% da RMBH. A companhia instalará um sistema de ultrafiltração por membranas com capacidade para tratar 3.750 l/s, tornando-se a maior planta da América Latina a usar essa tecnologia.
O sistema de ultrafiltração garantirá a segurança hídrica da RMBH em caso de rompimento de barragens de rejeitos na bacia do Rio das Velhas. Com conclusão prevista em 23 meses, a obra reforçará o tratamento de água da ETA Bela Fama, removendo vírus e patógenos da água.