Em menos de duas semanas, os casos confirmados de coqueluche em Minas Gerais aumentaram 25%, passando de 287 em 18 de outubro para 358 em 30 de outubro, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG). Em 2024, duas pessoas morreram devido à doença.
O total de casos registrados até o momento é 25 vezes maior que o registrado em todo o ano de 2023, que teve 14 casos. Belo Horizonte lidera em diagnósticos no Estado, com 217 casos, seguida por Nova Lima, com 27, e Leopoldina, com 11.
Até o momento, os municípios mineiros já notificaram a SES-MG sobre 991 casos suspeitos de coqueluche. Em 2023, foram 156 notificações de possíveis diagnósticos.
O que é coqueluche?
A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, provocada pela bactéria Bordetella pertussis. Inicialmente, seus sintomas são parecidos com os de um resfriado — coriza, febre baixa e tosse leve —, mas a tosse pode se intensificar, tornando-se persistente, com episódios que podem causar vômito e dificuldade para respirar.
A transmissão ocorre pelo contato direto com gotículas de saliva de pessoas infectadas, liberadas ao tossir, espirrar ou falar, especialmente entre indivíduos não vacinados.
Como prevenir?
A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a coqueluche. Gestantes devem ser imunizadas, com o número de doses variando conforme a situação vacinal.
Em crianças menores de um ano, devem ser aplicadas três doses da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B, administradas aos dois, quatro e seis meses de idade.
Os reforços contra a coqueluche são aplicados aos 15 meses e aos quatro anos com a vacina DTP, que é indicada para prevenir a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis).
Essas vacinas estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde ou em salas de vacina dos municípios, e fazem parte da rotina de vacinação.