Foto: Glenio Campregher

O maior cataclisma que o próprio Vitor Penido patrocinou entre 2013 e 2016, quando propôs a cassação de Cássio Magnani Júnior, é o mesmo cataclisma que ele mesmo protagonizou ao sair da corrida eleitoral deste ano em Nova Lima.

Este é um dos eventos mais bombásticos que a política nova-limense já experimentou nos últimos anos. Na cassação de Cassinho, a cidade ainda experimentava a ruína fiscal que foi um dos marcos da gestão do ex-prefeito. O clima de racha entre Penido e Carlinhos Rodrigues, que resultou numa eleição extremamente acirrada entre Cássio e Vitor, ainda envolvia a cidade com ares de drama, à espera dos intermináveis julgamentos, liminares e crise política.

Desta vez, aqueles que sempre acompanharam a política de Nova Lima ficam boquiabertos. Vitor não é um novato na política. Ele foi seis vezes prefeito, deputado federal, secretário, e atua há anos. Ele não só deixou de concorrer numa eleição que, com ele, já seria muito difícil. Aqueles que Penido defendeu nos últimos anos, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual deputado Nikolas Ferreira, simplesmente o deixaram de lado.

“Eu, se fosse o Vitor, apoiaria o Lula agora”, brincou uma fonte próxima ao experiente político, ao mencionar que a maior decepção de todas até agora é com o deputado Nikolas, em quem eles depositaram mais esperanças dentro do PL. Outros comentam que Vitor ficou um pouco abatido com a situação.

A verdade é que Penido provavelmente não se candidatará novamente, uma vez que em 2028 estará com 86 anos. O PL encerrou sua trajetória da pior maneira possível. Principalmente porque o ex-prefeito era o “cacique” do antigo Democratas em Minas Gerais, um importante político do partido.

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