Foto: Geraldo Bubniak/AEN

MATÉRIA DO G1

As chuvas que assolam o Rio Grande do Sul – além de causarem a morte de centenas de pessoas e animais e trazerem destruição e prejuízo material – trouxeram uma dúvida: será que vai faltar alimento na mesa do brasileiro? A resposta é não.

O arroz, um dos cereais mais consumidos no Brasil, e que faz dupla imbatível com o feijão, virou o centro da discussão, já que a maioria do cereal é produzida em lavouras gaúchas.

Contudo, de acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), “não há cenário de desabastecimento de arroz” e que 80% da safra já foi colhida. (leia a íntegra da nota no fim da reportagem).

Associação Mineira de Supermercados (Amis) informou que “o setor supermercadista está abastecido e com capacidade para atender toda a população mineira” (leia mais abaixo).

Porém, em Belo Horizonte, alguns supermercados estão limitando a venda do cereal para os clientes finais, como registrado nesta quinta-feira (9).

No SuperNosso, uma placa avisa aos clientes:

“Arroz limitado a 5 unidades de 3 quilos por cliente! De qualquer marca!”.

SuperNosso tem placa sobre quantidade permitida de arroz que pode ser comprada — Foto: Fabiano Villela/TV Globo

SuperNosso tem placa sobre quantidade permitida de arroz que pode ser comprada — Foto: Fabiano Villela/TV Globo

No Villefort, o cartaz adverte:

“Atenção, senhores clientes! Está limitada a compra de até dois (02) fardos de arroz por cliente. Agradecemos a atenção e a compreensão!”.

Cartaz no Villefort avisa que venda do arroz está limitada — Foto: Gláucio Nogueira/TV Globo

Cartaz no Villefort avisa que venda do arroz está limitada — Foto: Gláucio Nogueira/TV Globo

No Supermercado Paranaíba, os clientes também são avisados de que somente dois pacotes de arroz são vendidos por CPF:

“Aviso importante: em razão das intensas chuvas que estão afetando o Rio Grande do Sul, uma região crucial na produção de arroz, informamos que o abastecimento deste produto pode ser impactado. Como medida preventiva para assegurar o acesso a todos, estabelecemos um limite de compra de 2 unidades de arroz por CPF, por tempo indeterminado. Agradecemos a compreensão!”.

Supermercado Paranaíba alerta clientes — Foto: Reprodução/redes Sociais

Supermercado Paranaíba alerta clientes — Foto: Reprodução/redes Sociais

Na contramão

Na contramão dos outros varejistas, o supermercado BH tranquiliza os clientes:

“Comunicado: não vai faltar arroz. Não precisa estocar em sua casa. Não vendemos arroz por atacado”, alertou.

Cartaz no supermercado alerta que 'não vai faltar arroz' — Foto: Gláucio Nogueira/TV Globo

Cartaz no supermercado alerta que ‘não vai faltar arroz’ — Foto: Gláucio Nogueira/TV Globo

g1 Minas entrou em contato com os supermercados citados nesta reportagem e aguarda os retornos.

O que diz a Seapa-MG

Leia a íntegra da nota:

Informamos que, neste momento, não há cenário de desabastecimento de arroz em Minas Gerais, em virtude da situação de calamidade no Rio Grande do Sul, responsável pela maior produção do alimento no Brasil. Cabe informar que estima-se que cerca de 80% da safra de arroz já foi colhida. Neste cenário, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), segue atento às deliberações do Governo Federal sobre o tema.”

O que diz a Amis

Em nota, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) informou que tem recebido questionamentos da imprensa sobre a limitação da venda de arroz nos supermercados restringindo a quantidade por cliente. A justificativa das empresas é o estado de calamidade pública em decorrência das enchentes sem precedentes vividas pelo estado do Rio Grande do Sul, maior produtor nacional de arroz.

A entidade disse ainda que o setor supermercadista mineiro está abastecido e com capacidade para atender a toda a população mineira.

A entidade disse que a decisão é autônoma, de cada empresa, com o objetivo de propiciar a todos os consumidores o acesso ao produto, e que os consumidores evitem comprar para estocar, pois o aumento anormal da demanda nesse sentido representa desestabilização da cadeia de abastecimento, com o desequilíbrio entre procura e oferta, o que é prejudicial ao próprio consumidor.

Mapa

A reportagem também fez contato com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e aguarda retorno.

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