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Os casos de dengue em Minas Gerais devem superar 400 mil este ano, conforme anunciado pelo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta terça-feira, dia 23. O último Boletim Epidemiológico divulgado pela pasta mostra 11.490 casos no estado até segunda-feira, dia 22, com um óbito confirmado e 14 em investigação.

Com base nessas estatísticas, Bacheretti afirmou que o estado irá declarar estado de emergência em saúde. A previsão é que o decreto seja publicado no Diário Oficial até o final de semana.

“O que estamos percebendo é que, desde outubro do ano passado, a dengue está tendo comportamento de ano epidêmico muito parecido com anos que consideramos mais graves, como 2016 e 2019”, disse o secretário.

Em março de 2020, o governo de Minas declarava situação de emergência em saúde em razão da epidemia da doença COVID-19, um dia depois da confirmação do segundo caso de coronavírus no estado. Em 2024, a primeira morte confirmada por dengue em Minas Gerais ocorreu em Monte Belo, no Sul do estado. Conforme informações da prefeitura local, a vítima é uma mulher de 79 anos.

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Zika e Chikungunya

Segundo a Secretaria de Saúde, foram registrados 3.067 casos de chikungunya e uma morte pela doença até o momento. Em relação ao vírus Zika, foram registrados dois casos prováveis, sem óbitos confirmados ou em investigação em Minas Gerais até o momento.

Vacina

Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina Qdenga contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que a aplicação do novo imunizante tenha início em fevereiro deste ano.

A prioridade para a vacinação deve ser dada a crianças e jovens. Definições como por qual faixa etária e grupo a vacinação começará, além da quantidade de doses a ser distribuída aos estados, serão tomadas nas próximas semanas. O Ministério da Saúde ainda está em negociações para receber doações. Assim, a quantidade de doses pode chegar a 6 milhões.

A chegada do período chuvoso e das temperaturas elevadas historicamente resulta em mais casos de dengue, chikungunya e zika. Neste verão, a probabilidade de surto é maior devido às mudanças climáticas e aos efeitos do El Niño.

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