O PT se reuniu na última semana para discutir o direcionamento eleitoral para o ano de 2024. Tendo o ex-prefeito Carlinhos Rodrigues no intuito de ser o candidato da sigla, o partido tem aqueles nomes que defendem a composição com o prefeito João Marcelo (Cidadania).
Em meio a brigas, acusações e clima acirrado, o PT definiu que haverá candidatura própria e deverá apresentar um nome a fim de enfrentar o prefeito JM no próximo pleito.
Carlinhos é o principal nome da sigla, mas poderá enfrentar dificuldades de se viabilizar eleitoralmente. Um processo aonde ele foi condenado, sobre a ETE Vale do Sereno, na “curva do fedor” na MG-030, pode acabar deixando o “professor” de fora. Ele até conseguiu comprovar a sua inocência, mas o documento comprobatório só foi entregue à justiça após o trânsito em julgado. Ele ainda tenta o reconhecimento e o relaxamento da pena.
Mas o grande problema do partido é de fato a cisão entre grupos antagônicos. Isso sempre ocorreu na história do PT Nova Lima. Quando a ex-vice-prefeita Fátima Aguiar, que esteve no governo Cassinho, venceu as prévias em 2011, o grupo encabeçado por Epaminondas Bittencourt, ex-secretário do governo Carlinhos Rodrigues, trabalhou internamente para não viabilizar a candidatura própria da petista. Já houve, inclusive, moção no partido para que a própria sigla deixasse o governo de Carlinhos, que era do próprio PT.
Desta vez o próprio Bittencourt entrou em rota de colisão com Ricardo Hott, que foi Coordenador de Juventude no governo petista. Sendo assim, o PT vai para mais um pleito cheio de dúvidas frente a sua unidade partidária e tendo dúvidas sobre a viabilidade eleitoral do seu principal nome.
Força de Lula pode ajudar?
A grande questão no ar e que precisa ser testada através de pesquisa eleitoral é a capacidade de influência do presidente Lula em Nova Lima.
Lula venceu na cidade o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, transferir voto não é algo tão automático na política e já produziu efeitos contrários.
Além disso, o prefeito João Marcelo vem se apropriando bastante da pauta social, que é uma das bandeiras fortes do governo Lula. JM esteve no Senado Federal e apresentou uma proposta para todos os municípios empenharem 1% da sua arrecadação no enfrentamento à miséria. Além disso, criou o programa Nova Renda, que promete atender mais pessoas que programas outrora lançados.