No primeiro semestre de 2023, de acordo com informações do Censo do Mercado Imobiliário realizado pela Brain Consultoria para o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon–MG), as vendas de apartamentos novos em Nova Lima e Belo Horizonte chegaram a 2.850 unidades. Este foi o segundo melhor resultado da série histórica para o período, ficando apenas atrás do registrado em 2021, durante o auge da pandemia, quando o país viveu um forte ciclo de atividades no mercado imobiliário em função do auge da pandemia.
Em comparação com os seis primeiros meses de 2022, a comercialização cresceu 26,89%, o que correspondeu a uma alta superior a registrada pelos lançamentos no mesmo período (8,78%).
Ieda Vasconcelos, assessora econômica do Sinduscon-MG, explica que o desempenho das vendas no primeiro semestre foi impactado pelo mês de junho, quando foram comercializadas 955 unidades residenciais nas cidades, patamar recorde dentro do Censo do Mercado Imobiliário. “O cenário de incertezas no início do ano pode ter inibido e represado as vendas. Assim, no encerramento do semestre, com a perspectiva de redução dos juros e a melhora do cenário econômico, as vendas se destacaram”, diz ela.
Em Nova Lima, a comercialização de apartamentos novos registrou uma notável expansão de 115,9%, impulsionada pelo aumento de 233,8% nos lançamentos. Já na RMBH, as vendas recuaram 20,9%. Segundo a economista da entidade, esse declínio pode estar relacionado às dificuldades enfrentadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, já que somente em julho foram anunciadas as novas condições para 2023. Esse mesmo fator pode ter contribuído para o recuo de 15,9% nos lançamentos das cidades do interior do Estado.
Participação
No Estado, dos 16.495 apartamentos novos disponíveis, 20,3% (3.351 unidades) estão em Belo Horizonte. A capital representou 20,6% das vendas totais em Minas no primeiro semestre de 2023, contribuindo com 33,7% do Valor Global de Vendas (VGV), especialmente em imóveis de maior valor.
Em Nova Lima, a situação é semelhante, com 2,8% das vendas e uma participação de 13,9% no VGV total do Estado.