Balanço divulgado na noite desta segunda-feira (31/7) ao mercado financeiro mostra que a Copasa totalizou investimentos da ordem de R$ 676,5 milhões na ampliação e melhoria dos sistemas de água e esgoto de janeiro a junho deste ano. Esse valor é 21,8% maior que o volume investido no mesmo período do ano de 2022 – R$ 555,3 milhões – e 141,2% superior aos seis primeiros meses de 2020, quando foram investidos R$ 280,5 milhões. A companhia tem perseguido atingir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento até 2033.
“Cabe destacar o aumento do percentual de tratamento de esgoto da companhia. Já estamos com 79,4% de esgoto devidamente coletado e tratado, sendo que a meta estabelecida pelo Novo Marco é de 90% para esgoto coletado e tratado até 2033. Esses investimentos nos sinalizam que a Copasa vem investindo nos municípios onde atua para garantir a universalização do saneamento”, afirmou o presidente da empresa, Guilherme Duarte.
De 2024 a 2027, mais R$ 7,77 bilhões devem ser investidos em todo o estado. Esse patamar de aportes visa à ampliação dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, extensão de redes, segurança hídrica, combate a perdas, desenvolvimento empresarial, atendimento de metas regulatórias e de eficiência, compromissos de concessão assumidos, reposição de ativos depreciados, bem como à consecução do objeto social e da missão da companhia, garantindo sustentabilidade e perenidade da empresa e atendendo às demandas dos clientes e do poder concedente, em busca da ampliação da cobertura dos serviços de água e de esgoto.
Outro resultado relevante alcançado pela empresa no 2º trimestre do ano é a redução da perda de água, como em vazamentos e ligações irregulares. O índice de perdas na distribuição foi de 249,7 litros por ligação por dia em junho deste ano contra 257,6 no mesmo período do ano passado, apresentando redução de 3,1%. O resultado se deve a um conjunto de medidas adotadas nos últimos 12 meses, com destaque para a implementação do Contrato de Performance para recuperação do volume micromedido em áreas de vulnerabilidade social e investimentos na substituição de hidrômetros.
Um número que também se destaca é a redução da inadimplência da Copasa (medida pela relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado nos últimos 12 meses), que atingiu 3,11% em junho de 2023 (contra 3,5% em junho de 2022).
Principais obras
A companhia investiu na implantação, ampliação e melhorias de sistemas de abastecimento de água dos municípios de Alfenas, Candeias, Capelinha, Caratinga, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Esmeraldas, Fronteira, Frutal, Lavras, Nova Lima, Nova Serrana, Patos de Minas, Timóteo, Riacho dos Machados, dentre outros.
Além disso, houve investimentos na aquisição de equipamentos operacionais para modernização e otimização do sistema de abastecimento de água em diversos municípios operados e na execução de obras para implantação de Unidades de Tratamento de Resíduos (UTRs) em Estações de Tratamento de Água (ETA) em Araxá, Belo Horizonte, Betim, Carmo do Rio Claro, Caratinga, Diamantina, Guaxupé, Ibirité, Patos de Minas, São Gotardo, Três Corações e Varginha.
Já no âmbito do esgotamento sanitário houve a implantação, ampliação e melhorias de esgotamento sanitário em municípios como Abaeté, Além Paraíba, Alfenas, Belo Horizonte, Betim, Campanha, Confins, Contagem, Cruzília, Divinópolis, Guaxupé, Igarapé, Inhapim, Januária, Juatuba, Madre de Deus de Minas, Montes Claros, Paracatu, Pedro Leopoldo, Presidente Juscelino, Sabará, Santana do Paraíso, São Francisco, São João Nepomuceno, São Joaquim de Bicas, Sarzedo, Ubá, Vespasiano, dentre outros, além da aquisição de equipamentos operacionais para modernização e otimização do sistema em diversos municípios.
Resultados financeiros
A Copasa fechou o segundo trimestre de 2023 com um lucro líquido de R$ 249,3 milhões. O resultado representa um crescimento de 38,2% em relação ao registrado no 2º trimestre do ano passado – R$ 180,4 milhões – e consta no balanço divulgado pela empresa. A alta do lucro líquido foi puxada, entre outras coisas, pelo crescimento da receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos, que fechou o trimestre em R$ 1,57 bilhão, contra R$ 1,34 bilhão no mesmo período de 2022, ou seja, aumento de 17,6%. Cabe destacar que, apesar do aumento no lucro, seu valor foi afetado pelas despesas de R$ 115 milhões contabilizadas no 2º trimestre de 2023 relativas ao PDVI.
Já o EBITDA Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrado no 2º trimestre foi de R$ 647,8 milhões, 31,6% superior ao do mesmo período de 2022. A margem EBITDA Ajustada (calculada a partir da divisão do EBITDA pelo somatório da receita líquida de água e esgoto e das outras receitas operacionais) atingiu 40,4% no segundo trimestre de 2023. No mesmo período do ano passado, a margem EBITDA atingiu 35,6%.
A Dívida Líquida da empresa atingiu R$ 3,33 bilhões em junho de 2023, enquanto a relação Dívida Líquida/EBITDA atingiu 1,5x (contra 2,0x em junho de 2022) – ou seja, em um patamar confortável e que permite à companhia aumentar sua alavancagem e buscar mais recursos para seguir investindo na expansão dos serviços de água e esgoto. Os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) totalizaram o valor de R$ 128,5 milhões no segundo trimestre deste ano, correspondendo a 50% do lucro líquido ajustado, tendo sido declarados em 16/6.