Visando aprimorar o combate às arboviroses, Nova Lima e outros 19 municípios que fazem parte da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Belo Horizonte realizaram, em julho, uma série de reuniões técnicas e implementaram ações práticas para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Os municípios de Betim, Nova Lima, Ouro Preto, Ibirité, Caeté, Belo Horizonte, Juatuba, Lagoa Santa, Vespasiano, Sarzedo, Sabará, Matozinhos, Mateus Leme, Jaboticatubas, Igarapé, Brumadinho, Florestal, Pedro Leopoldo, Santa Luzia e São Joaquim de Bicas, conheceram e se aprofundaram na metodologia de combate às arboviroses chamada ovitrampas. Nesse procedimento, são utilizadas armadilhas de oviposição (ato de expelir os ovos realizado por fêmeas de animais invertebrados) que ajudam no monitoramento do vetor, representando uma ferramenta essencial para detectar a presença do mosquito em várias regiões, além de apresentar pouca demanda operacional e baixo custo.
De acordo com Douglas Teixeira da Silva, um dos supervisores de Endemias e Zoonoses de Campo da SRS-BH, o método contribui muito na organização e planejamento das ações dos agentes de combate a endemias, na eliminação dos focos e criadouros dos mosquitos antes que a infestação se amplifique no território, além de evitar o surgimento de novos casos de arboviroses.
É importante destacar que a metodologia das ovitrampas não substitui outros métodos de monitoramento do mosquito Aedes aegypti, mas sim os complementa. A agilidade do processamento de dados e da informação gerada por meio de indicadores além do menor custo operacional tornam o método uma boa estratégia a ser utilizada na rotina dos programas municipais de vigilância de todo o estado.
Alguns municípios da SRS-BH, como Caeté, Nova Lima, Contagem e Belo Horizonte, já utilizam o método e apresentaram suas experiências para as demais referências em arboviroses.