Ao que tudo indica, os graves problemas de mobilidade urbana em Nova Lima estão com os dias contados. Na última quinta-feira, dia 1º, em evento realizado na Casa do Educador, o prefeito João Marcelo (Cidadania), anunciou junto à imprensa e a membros da sociedade civil, um pacote de obras que vão impactar diretamente no trânsito e mudar a mobilidade urbana do município e de seu entorno.
O programa “Nova Lima Integrada” conta com uma série de soluções para a mobilidade e trânsito da cidade. Citando obras já iniciadas, como a duplicação da MG-030, e do início da pavimentação da rodovia MG- 437 que liga Nova Lima a Belo Horizonte por Sabará, uma via de 12 km em que pelo menos 8 km pertencem ao município, através de um convênio com o Estado. Grande parte dessas obras têm como finalidade desafogar a MG-030, como a melhoria da Avenida Integração Jardim da Torre, que já está na reta final do projeto executivo, e terá licitação publicada em julho, segundo João Marcelo. A obra que vai requerer maior tempo, tanto para a elaboração do projeto – que será de 12 meses, quanto para sua execução, em torno de 24 meses, é a Avenida de Integração Rio de Peixe, que é uma ligação entre o bairro Honório Bicalho, à BR- 040. O prefeito também citou obras para melhorar o trânsito dentro da cidade.
A iniciativa privada terá um papel essencial para a execução deste projeto. Como contrapartida do “Empreendimento Himalaia”, será realizado um conjunto de obras a fim de desafogar o trânsito na divisa de Nova Lima com Belo Horizonte, no Seis Pistas, intervenções que podem chegar ao valor de R$55 milhões de reais. Serão duplicados vários trechos destas vias, como o pontilhão entre as cidades. Talvez a obra mais impressionante entre todas, é uma alça em forma de ferradura que será construída para que as pessoas que saem de Nova Lima em sentido Rio de Janeiro, por exemplo, não precisem passar pelo BH Shopping.
A MG-030
João Marcelo frisou que a obra licitada pela gestão anterior, no valor de R$26 milhões de reais, já foi entregue. Porém, a licitação cobria apenas a duplicação da rodovia, deixando de fora obras essenciais como as contenções adequadas. “É como construir uma casa sem colocar as paredes. Como cavar um túnel e não colocar a segurança nas laterais, por isso a cada chuva tínhamos desmoronamentos”, afirmou o prefeito. Por causa dessas falhas na primeira licitação, a atual gestão irá realizar outra com a finalidade de realizar as obras necessárias para que a rodovia possa ser entregue com segurança.