Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (16/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que Minas Gerais está entre os quatro estados do país com melhor performance em saneamento de 2022. O estado ocupa a terceira posição com 92,3% dos imóveis urbanos ligados à rede de esgoto no ano passado. Ainda segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em primeiro lugar está São Paulo (96,4%), seguido pelo Distrito Federal (94,1%) e em quarto lugar está o Rio de Janeiro (90,6%).
No Estado, a Copasa e o Governo de Minas vêm concentrando esforços para universalizar o saneamento básico, conforme determina as metas do Novo Marco Legal. Nos últimos anos, os investimentos feitos pela Companhia bateram recordes históricos e um novo programa, o Universaliza Minas, foi lançado neste ano para que a água e o esgoto tratados cheguem a localidades mais distantes da área urbana.
Desde 2020, a Copasa já investiu quase R$ 3 bilhões em obras de ampliação e melhorias dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e em ações de desenvolvimento operacional. Somente em 2022, os investimentos da Companhia foram da ordem de R$ 1,31 bilhão, representando um incremento de 30,2% em relação a 2021. Em 2023, a meta é investir R$ 1,7 milhão. Para o período de 2023 a 2027 estão previstos recursos da ordem de R$ 9,5 bilhões nas cidades atendidas pela Copasa no estado.
Somente a Companhia está presente em 640 municípios com abastecimento de água e 308 com esgotamento sanitário. O índice de universalização da coleta de esgoto atingiu 90,8% dos imóveis em sua área de atuação e 72,1% dos imóveis com disponibilidade de infraestrutura completa para tratamento do esgoto coletado. Vale ressaltar que a meta estabelecida pelo Novo Marco é de 90% para esgoto coletado e tratado até 2033.
Foco no esgoto
À frente da Copasa, o presidente Guilherme Duarte afirmou que a Copasa vem desenvolvendo um significativo esforço para ampliar os serviços de coleta e tratamento de esgoto, buscando a ampliação da cobertura com coleta, interceptação dos esgotos gerados e implantação de novas ETEs – Estações de Tratamento de Esgoto. Essas ações colaboram para a qualidade dos corpos d’água e para a saúde e qualidade de vida da população atendida.
“Dentre vários desafios, a ampliação de investimentos em esgoto tratado é um dos maiores dentro da Companhia. Já iniciamos mudanças na forma de contratar e de executar contratos nos municípios onde a Copasa atua no intuito de dar mais celeridade às obras em curso, ganhando eficiência operacional para melhoria da qualidade dos serviços. Essa celeridade nos permite avançar nos investimentos, que já são recordes, focando principalmente no esgotamento, a exemplo do que vem acontecendo na Zona da Mata”, disse Duarte.
Estão concluídas ou em andamento, por exemplo, a implantação, ampliação e melhorias de esgotamento sanitário dos municípios de Abaeté, Além Paraíba, Betim, Contagem, Cruzília, Guaxupé, Igarapé, Inhapim, Januária, Juatuba, Madre de Deus de Minas, Pedro Leopoldo, Presidente Juscelino, Sabará, Santana do Paraíso, São Francisco, São João Nepomuceno, São Joaquim de Bicas, Sarzedo e Ubá, além da aquisição de equipamentos operacionais para modernização e otimização do sistema em diversos municípios.
Também já estão em andamento as obras do Universaliza Minas que, em um primeiro momento, levará água tratada e saneamento em mais de 330 pequenas localidades do estado. Por meio do programa, estão sendo investidos quase R$ 280 milhões, beneficiando cerca de 220 mil pessoas da zona rural de pelo menos 130 municípios onde a Copasa detém concessão.
O saneamento básico proporciona benefícios sociais, econômicos e a melhoria das condições de saúde das pessoas. Entre outras vantagens, o sistema de esgotamento sanitário possibilita ao município receber o ICMS Ecológico – forma de incentivo para criação de mais áreas de preservação ambiental ou para melhoria das condições dos atuais espaços existentes.
Vale reforçar que a destinação adequada do esgoto tratado evita a propagação de doenças de veiculação hídrica, melhora o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e traz mudanças positivas nos aspectos urbanísticos, com a consequentemente valorização imobiliária e o crescimento socioeconômico da cidade e da região.
Outro benefício gerado é o incremento da arrecadação do município, que recolhe os Impostos Sobre os Serviços (ISS) prestados pelas empresas contratadas pela companhia. A geração de empregos diretos e indiretos e a aquisição de materiais e equipamentos e da contratação de serviços indiretos na cidade geram receita e movimentam o comércio local.