As obras para aumentar a capacidade de vazão da Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ) da barragem B3/B4, em Macacos, no município de Nova Lima (MG), começaram nesta semana. Serão construídos três túneis, com objetivo de reduzir o volume de água acumulada na estrutura em períodos de chuva intensa, como as ocorridas em janeiro deste ano.
Cerca de 100 empregos serão gerados para a execução das atividades na contenção. A estrutura foi projetada para permitir a passagem do fluxo da água a partir de seu vertedouro e sistema de comportas. Os novos túneis irão aumentar a capacidade de escoamento de água. Os trabalhos devem ser finalizados neste ano e a empresa adotará todas as medidas necessárias para reduzir os impactos à comunidade.
Não haverá tráfego de caminhões para transporte de materiais nas ruas do distrito de Macacos e os acessos internos em área da empresa serão umectados para controlar a emissão de poeira. Além disso, atividades que geram ruídos não serão realizadas após as 22 horas.
A estrutura de contenção construída para a barragem B3/B4, assim como as demais ECJs para as barragens em nível 3 de emergência da Vale (Sul Superior, em Barão de Cocais; e Forquilha III, em Itabirito), faz parte do programa de descaracterização de barragens da Empresa e segue a normativa da ANM no que se refere à adoção de medidas para mitigar possíveis impactos em um eventual rompimento.
Nesse cenário, as ECJs cumprem o papel de conter os rejeitos. Elas foram concebidas e construídas de forma emergencial e acompanhadas pelas empresas de auditoria independentes que fazem parte dos Termos de Compromisso firmados com o Ministério Público de Minas Gerais. As contenções são descomissionáveis, ou seja, podem ser desmontadas quando não forem mais necessárias.
Entenda o que é uma estrutura de contenção
Conclusão da descaracterização da barragem B3/B4 pode ser antecipada em dois anos
Até o momento, cerca de 36% dos rejeitos do reservatório da B3/B4 foram retirados. O esvaziamento da barragem é a principal etapa do trabalho de eliminação da estrutura. A atividade está sendo executada por equipamentos não tripulados, sem ninguém dentro dos caminhões, escavadeiras e tratores que realizam a retirada do material. As máquinas são operadas remotamente, com segurança para os operadores, a partir do Centro de Operações Remotas, estruturado pela empresa a cerca de 15 quilômetros da barragem. A B3/B4 está em nível 3 de emergência e integra a lista de 30 barragens da empresa que usam o método de construção a montante.
As obras de eliminação da barragem B3/B4 já geraram 6,2 mil empregos desde 2019. Cerca da metade dos postos de trabalho gerados são em Nova Lima (MG) e região. Essa é uma forma de contribuir para a geração de emprego e renda nas localidades impactadas diretamente pelas atividades de descaracterização. A empresa já eliminou sete, de 30 estruturas a montante e mais cinco têm conclusão prevista até o final deste ano. A previsão para a conclusão da descaracterização da barragem é em 2027, mas a tendência do momento, a julgar pelo ritmo das intervenções e estabilidade da estrutura, é finalizar a obra em 2025, dois anos antes do previsto.
A Vale reforça que as obras de descaracterização são complexas, com soluções customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa. A empresa reafirma seu compromisso de transparência e atuação focada na segurança das pessoas e do meio ambiente.