Festa eletrônica no Rio de Janeiro que perdurou a madrugada até pela manhã no carnaval, foi flagrada por órgãos de imprensa. A imagem, por si só, mostra o nível de insanidade do nosso povo, no nosso pior momento. Mas é o nosso pior momento não apenas sanitário, mas como pessoas
Fingir que nada está acontecendo ou que as coisas estão normais, não faz parte da convivência em sociedade. Quando foi que nos tornamos extremamente umbiguistas? Entre segunda-feira, dia 15, e terça-feira, dia 16, foram 2.841 mortes pelo Coronavirus em todo país. E, continuamos a frequentar festas, continuamos a nos aglomerar, continuamos a usar a máscara no queixo e as vezes, no limite da nossa irresponsabilidade, saímos sem máscara por aí.
Sim, somos nós! Nós enquanto sociedade. O ato único de sair de casa sem máscara, ou passear pela rua infectado, pode ter sido um ato pensado sozinho, mas que trará implicações para muito mais pessoas. A nova variante, a variante brasileira – pois é, temos uma variante do vírus para chamar de nossa -, é mais infecciosa e pior, é mais violenta. Tem feito a pandemia escalar, os hospitais colapsar e as pessoas não mudam suas posturas diante do caos.
Pior! Quando os governantes precisam agir para evitar um “Armageddon” de casos, ensaiamos críticas ferozes, levamos pessoas ao linchamento. Mas convenhamos: melhor são eles que, pelo menos, estão tomando medidas para frear as altas taxas de contaminações. Terceirizamos a responsabilidade, afinal de contas, se temos enfermeiros e médicos, por que a preocupação?
Estes guerreiros, que estão esgotados, não só fisicamente, mas psicologicamente, lutam quase que uma guerra sozinhos, contra o vírus e contra a ignorância alheia.
A sociedade costuma discutir ao longo do tempo, os seus grandes erros. Afinal, aprendemos que ao olhar para o passado, enxergamos através da história o que não podemos repetir no futuro. Está aí, afinal, mais um grande erro da nossa trajetória na humanidade. Acabou o amor pelo próximo ou a nossa preocupação pelo outro! Isso está escasso.
Acontece que o limite da nossa irresponsabilidade, aquela “baladinha” clandestina, aquela festinha do carnaval ou a virada do ano, está custando não só as vidas das pessoas, está custando a nossa economia, o salário da pessoa que trabalha em serviço não essencial e que precisa desta renda. Custa ao governo encontrar saídas fiscais para pagar o auxílio e inclusive, em última consequência, derrete nossa moeda e faz preços de insumos disparar, como consequência.
A culpa é nossa! Sem mudar o nosso comportamento, só tem uma chance, que são as vacinas. E sendo assim, estamos tentando contar com a sorte. Ou podemos mudar o nosso comportamento e quem sabe sermos mais empáticos com a dor alheia. Afinal, a dor desta pessoa, seja ela por perder um ente querido ou seja porque estará esperando uma vaga numa UTI sem conseguir respirar, pode ser a minha dor a qualquer momento. O país está colapsado, não é possível enxergar?
Este é o limite! Basta! Use máscara, fique em casa, lave as mãos e mantenha distância das pessoas quando precisar sair.
Jornal Sempre Nova Lima
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