A Vale anunciou na última terça-feira, dia 29, que vai descomissionar pelo menos dez barragens de rejeito que operam nos moldes daquela que rompeu em Brumadinho (Leia), na última sexta-feira, dia 25.
O descomissionamento consiste em reintegrar os rejeitos à natureza e com isso esvaziar as barragens, não correndo o risco de novos desabamentos. Contudo, a Vale anunciou que vai paralisar a mineração destas minas enquanto o descomissionamento não seja concluído. (Leia)
Das dez barragens atingidas, pelo menos quatro, ou seja, 40%, estão em Nova Lima. As operações em Abóboras, Vargem Grande, Capitão do Mato e Tamanduá serão interrompidas entre um a três anos, segundo comunicado da própria mineradora em seu site oficial.
Serão interrompidas também as ações no complexo Vargem Grande, e as operações de Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira e Alto Bandeira, no complexo Paraopeba, incluindo também a paralisação das plantas de pelotização de Fábrica e Vargem Grande.
A mineradora não informou se continuará a pagar os royalties aos municípios atingidos com a paralisação da produção de minério. Pelo menos 40 milhões de toneladas do produto são produzidos nestas minas.