Será lançado em Belo Horizonte nesse mês de setembro o livro O Repentista e o Milongueiro – Civilização e Barbárie.
Ilustrado com fotografias com início em Canudos no sertão baiano, de onde Euclides da Cunha tirou história para “Os Sertões”, o romance de formação nacional brasileiro, e com término na Argentina, de onde saiu “O Facundo” como romance nacional por Sarmiento.
Através dos dois personagens de formação nacional, o sertanejo repentista brasileiro e o gaúcho milongueiro argentino, e ao lado dos quatro escritores o livro explora o processo histórico de degradação das duas sociedades marcadas pela violência extrema no Brasil e pela quebra financeira constante na Argentina.
Uma realidade de pobreza da esmagadora maioria da população que tudo paga e nada recebe, sendo bombardeada diariamente pelos discursos conservadores e moralizantes que visam unicamente a manter a própria estrutura de dominação que alimenta a barbárie manifesta no crescimento assustador da violência social.
Afinal, o que é a democracia? É votar a cada dois anos? Só?
Um livro instigante com belas fotografias a começar pela da capa em que o autor, Epaminondas Bittencourt, provavelmente não conseguirá mais realizar: um cenário das sombrinhas entrelaçadas no sertão de Minas Gerais.