Foto: Flickr


A construção da via que ligaria Nova Lima à Belo Horizonte, na altura do bairro Villa da Serra até o bairro Barreiro – já em BH -, já causa polêmica. Na discussão do assunto na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), através da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, a Associação dos Amigos do Bairro Vila da Serra (Amavise) já declarou ser contra o projeto.


Segundo o presidente da associação, Sérgio Americano, a via que poderá ser construída causará problemas de escoamento do trânsito: “Vai ligar a BR-356 até condomínios que não têm outras vias de escoamento. Isso vai causar uma verticalização da região, trazer milhares de novos moradores que vão novamente utilizar a rodovia. Não vai desafogar o trânsito. Visa unicamente a favorecer proprietários de terrenos desses loteamentos da região”

Contudo, o presidente da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, Fábio Cheren (PSD), que é deputado estadual, afirmou que a construção beneficiará a região que sofre com o crescimento de Nova Lima. 

“O acesso a Belo horizonte e Nova Lima está impossível devido ao crescimento de Nova Lima. As vias ficaram cheias. A intenção da audiência foi unir esforços para que, juntos, a gente possa utilizar esse patrimônio que está abandonado na antiga rede ferroviária”, afirmou ele segundo o jornal O Tempo.

Projeto encontrará dificuldades

O secretário de Planejamento e Gestão de Nova Lima, André Rocha, afirmou que o projeto quer tornar a construção em uma via de seis pistas, para desafogar o trânsito na região. A Via Estruturante Sul, como é chamado, terá 14 quilômetros de extensão.

André falou sobre o projeto: “Nós dividimos o projeto por fases. A fase um tem 5 km e se inicia no bairro Jardim da Torre, em Nova Lima, e termina no viaduto próximo ao Leroy Merlin, no Belvedere. A segunda fase precisa ser mais estudada, mas vai do Jardim da Torre ao centro de Nova Lima, com mais 6 km, permitindo um novo e melhor acesso a cidade”, explicou o secretário.

Porém, ele explicou que o projeto só será concretizado caso a Secretaria de Patrimônio Público (SPU), responsável pela a linha férrea, autorizar a viabilização da construção. A SPU, por sua vez, externou a dificuldade em aprovar o projeto já que existe um imóvel no local que possui dificuldade de documentação e portanto dificuldades para ser alienado.

O custo, no entanto, para regularização e compra do imóvel seria de R$300 milhões de reais. O imóvel integra o Fundo de Contingente da União. A SPU alega, por isso, não ter competência para alienar o imóvel e liberar a construção.

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