O país cresceu 1% no primeiro trimestre de 2017, se comparado com o PIB do último trimestre de 2016, quando houve recessão de 0,9%. Contudo, se comparado com o mesmo período do ano passado (ou seja, o primeiro trimestre de 2016), houve recessão de 0,4%.
A demanda das famílias caiu 0,1%, o investimento mais de 3% e os investimentos do governo caíram 0,6%. O que impulsionou o PIB foram as exportações do setor agropecuário. Os dados mostram, sendo assim, que a crise não passou e que existe um grande percurso para retomarmos o caminho do desenvolvimento.
Se existem caminhos árduos a seguir, é de suprema importância que exista alguém a altura para enfrentar os tempos difíceis. Michel Temer (PMDB) perdeu estas garantias. No dia 6 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral julga Temer e Dilma. O primeiro poderá perder seu mandato e a segunda ficar inelegível.
Na esteira do clamor pelo fim da corrupção, principalmente aquela que invadiu as campanhas eleitorais em forma de investimento empresarial, o TSE possui, em suas mãos, um momento histórico.
Além disso, o presidente foi flagrado recebendo um empresário corrupto, delinquente, em sua residência oficial, às 23h, fora da sua agenda, para discutir temas perniciosos não apenas ao ponto de vista jurídico, mas institucional e democrático. Um assessor do presidente foi flagrado recebendo R$500 mil reais em dinheiro vivo.
Nós precisamos enfrentar os nossos problemas, debater com parcimônia e juntos encontrar caminhos razoáveis para os nossos erros. Contudo, para tal demanda, é necessário que na cadeira de Presidente da República, esteja alguém que acreditemos, mesmo que minimamente.
No mesmo sentido, as reformas propostas precisam ser discutidas em afinco. Um governo respeitador, é um governo que desce a rampa do Palácio do Planalto e conversa com a população sobre as nossas necessidades enquanto sociedade. O grande sintoma de um governo perdido, é justamente a falta de diálogo com o povo.
Esta crise já nos machucou demais e é necessário sairmos melhores do que antes. Entretanto, esta travessia com Temer, é inviável. É agora ou nunca! Ou crescemos enquanto sociedade ou nos manteremos na marginal dos países centrais.
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