O dinheiro apontado pela Polícia Federal que teria beneficiado o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), teria sido escondido em Nova Lima, no bairro Cristais, segundo a própria PF.
O montante de R$480 mil reais foi repassado, conforme gravações feitas pela polícia, para o secretário parlamentar Mendherson Souza Lima, que trabalha para o também senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
Mendherson contou no inquérito instaurado que escondeu a mala de dinheiro na casa da sogra em Nova Lima, na Rua Paraná, porque teria se assustado com o teor da delação premiada feita pela JBS. O relatório da PF foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Os policiais foram até a casa da sogra do secretário parlamentar e encontraram duas sacolas no local, “com diversos pacotes com cédulas de 100 reais, escondidas num dos quartos da residência”. O assessor contou ainda que o montante foi buscado em São Paulo no dia 3 de maio.
Ainda foi apreendido na casa um bloqueador de sinal telefônico, um telefone celular e um pen drive, segundo o jornal O Globo.
Foi apreendida “uma pasta transparente contendo cópias da agenda de 2016 onde verifica-se agendamento com Joesley Batista”. Também foram retiradas do local “folhas impressas contendo planilhas com indicações para cargos federais, com remuneração e direcionamento em qual partido político pertence ou foi indicado”.
A situação acabou gerando um vendaval político e criminal para o tucano Aécio Neves. Sua irmã e seu primo foram presos, ele foi afastado do Senado e responde a inquérito no STF. Perrella também responderá ao inquérito. Aécio ainda foi flagrado por Joesley Batista, através de um gravador, solicitando propina de R$2 milhões de reais.