Com o tom subindo entre as campanhas de Wesley de Jesus (DEM), João Marcelo (Cidadania), Carlinhos Rodrigues (PDT) e até mesmo de Soldado Flávio (PT), Nova Lima está a apenas 12 dias do próximo pleito que vai eleger o sucessor do prefeito Vitor Penido (DEM).

Diante do maior escândalo em um processo eleitoral já visto, quando Wesley denunciou que teria sido o chefe de gabinete de João quem produziu um áudio com acusações mentirosas contra a sua campanha – as perícias foram solicitadas pelo próprio democrata -, a cidade se prepara para colocar nas mãos do próximo Chefe de Executivo, várias decisões.

João Marcelo nega veementemente que teria sido Leonardo Ribeiro, seu chefe de gabinete e servidor público, o autor do áudio criminoso. Já o ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PDT), respondeu recentemente a uma publicação de João aonde este afirma que Vitor “declara que ele é oposição” ao governo e que “Carlinhos afirma que ele é situação” a atual administração.

Na resposta, Carlinhos dispara afirmando que em conversas reservadas de um grupo que se articulava para ser oposição ao atual prefeito, o candidato do Cidadania teria se retirado deste grupo justamente por afirmar que não era oposição a Penido. De acordo com o ex-prefeito, não foi ele quem disse que João é governo e sim o próprio neste grupo.

Também nas últimas horas, um dos gestores da campanha de Soldado Flávio, Douglas Santana, também rebateu João e afirmou que esteve em reunião com ele discutindo oposição ao governo democrata em Nova Lima. A reunião teria acontecido através de um aplicativo “Zoom”, muito utilizado nesta pandemia para reuniões a distância. O perfil de Marcelo, no entanto, responde dizendo “que nunca participou de nenhuma reunião no Zoom”, “muito menos com vc”, se referindo ao partidário de Flávio de Almeida.

Douglas, portanto, posta uma foto do grupo de Whatsapp da executiva do PT aonde o presidente, Andrei Cesário, mais conhecido como Jaú, anuncia que João Marcelo saiu “da frente de partidos em oposição ao governo”, afirmando que de fato o candidato esteve dentro deste grupo e que se retirou justamente por não ser oposição a Vitor.

Apesar disso, o candidato Flávio não apareceu para respostas nas publicações.

Alheios a disputa de narrativas, o candidato do Solidariedade, Dr. Juarez, continua caminhando na cidade a fim de buscar ampliar sua base eleitoral e seus votos. Sérgio Americano (Podemos) e Jobert (UP), continuam com discurso combativo e com ações de campanha em pontos específicos da cidade.

R$400 milhões em caixa

O próximo prefeito quando assumir, no dia 1º de janeiro, terá em seu início de gestão pelo menos R$400 milhões de reais para investimentos na cidade. O Sempre chegou a informação de que estes valores já são líquidos das quantias projetadas com as obras em andamento, apesar de ainda existir obras sendo licitadas.

Nova Lima precisa de muita atenção em moradias, já que muitas invasões têm tomado grandes proporções no município e o déficit habitacional é grande. Vai ficar a cargo do próximo prefeito, também, terminar a duplicação da MG-030 e resolver um grande imbróglio com os moradores do Bairro Parque Aurilândia (Xurupita), que receberam notificação do município para deixarem suas casas.

Outro ponto importante é a mobilidade urbana já que ficou notório que o centro da cidade não comporta mais o número de carros que ali passam. Ainda existe a importância de enviar a revisão do plano diretor para a Câmara dos Vereadores – o plano atual é de 2007.

O plano diretor traça diretrizes de loteamento acerca de residências, comércio, indústria e área verde e é um importante instrumento que demonstra para aonde o município pode crescer, por exemplo, na atração de empresas e aonde existe área a ser preservada. Um outro plano que deverá ser enviado para apreciação dos vereadores, é referente ao saneamento básico.

A empregabilidade também será tarefa de quem assumir o município no próximo ano. A Nova Lima da pandemia e pós-pandemia, terá que se esforçar para gerar empregos e atrair empresas. Mas, não apenas: a necessidade de qualificação profissional depois do fechamento da Utramig, tornou-se fator preponderante para geração de postos de trabalho no município.

A despeito dos embates políticos, a cidade tem uma porção de gargalos que precisam ser tratados e precisam avançar nos próximos anos. Um, que é mais urgente, apesar do tempo, é a diversificação da economia nova-limense, que não pode contar para sempre com a arrecadação oriunda do minério.

O próximo prefeito terá muitas escolhas a fazer!

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