Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Nos últimos meses a ciência tem se dedicado a minimizar os impactos do Coronavírus e busca a cura para a doença que já atingiu mais de 500 mil pessoas em todo mundo. Em BH, pacientes apresentaram bons resultados com o uso da cloroquina/hidroxicloroquina no seu tratamento. Uma delas, que faz parte do grupo de risco, recebeu alta em apenas quatro dias.

No município, o trabalho vem sendo coordenador pelo médico Eduardo F. Sad, que afirma que os medicamentos geraram eficácia também em pacientes tratados na França e China.

“Na França, um estudo com 40 pacientes teve bons resultado. Na China, 100 pacientes que fizeram o tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina apresentaram uma recuperação melhor do que os casos que não tomaram os medicamentos”, comentou o médico.

No último dia 25 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso do medicamento em pacientes com sintomas da Covid-19, porém, por não se tratar de um tratamento comprovadamente eficaz especialistas alertam para que o medicamento seja usado somente em hospitais devidamente acompanhados.

A pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, alerta para a não eficácia do remédio vendido comercialmente e aponta para uso somente em casos mais graves. “Não tem sentido. A hidroxicloroquina vendida comercialmente não trata a infecção por Coronavírus, é usada nas condições de terapia intensiva, para casos especiais muito graves. Ela não serve pra prevenção e não serve pra tratamento de formas leves. Até o momento, não há nenhuma comprovação científica de que essa utilização seja recomendada. Nem no Brasil nem em nenhum outro local”, explica. 

A pesquisadora diz que o uso de hidroxicloroquina contra a Covid-19 ainda é experimental, em pacientes que estejam em estado muito grave, em terapia intensiva. 

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